20 de novembro – Dia da Consciência Negra - Blog Lola Cosmetics

20 de novembro – Dia da Consciência Negra

No dia 20 de novembro, celebramos o Dia da Consciência Negra e o Dia Nacional de Zumbi. E hoje a Lola Gênia vai explicar como surgiu essa celebração.

Zumbi foi o símbolo da luta e resistência dos negros escravizado no Brasil. Ele liderava o maior reduto de resistência à escravidão e comandou por 15 anos o Quilombo dos Palmares. Foi morto em 20 de novembro de 1695.

Anos após o ocorrido, em 1971, um grupo de jovens negros se reuniu no centro de Porto Alegre para pesquisar sobre a luta dos seus antepassados – povo de origem africana, que foi trazido à força e duramente escravizado por séculos no Brasil – e autenticidade da assinatura da Lei Áurea. Isso porque, eles acreditavam que a liberdade dos negros fora conquistada e não concedida por uma assinatura que não garantiu o mínimo para viver, como assistência, apoio, educação, trabalho, entre outros. No dia 10 de novembro, durante o governo de Dilma Rousseff, foi instituído oficialmente o Dia da Consciência Negra e o Dia Nacional de Zumbi, pela Lei nº 12.519.

Sabemos que o reflexo da escravidão no Brasil e a forma como os negros libertos foram entregues à própria sorte, nos assombra até os dias atuais. O racismo estrutural, institucional, o preconceito e discriminação racial nos mostram que o preconceito está enraizado na nossa cultura e costumes e que precisamos de muito mais que de um dia específico do ano para falarmos sobre o assunto.

A leitura é uma maneira incrível de se educar, por isso, a Lola Gênia trouxe 8 livros sobre o tema para você ler não só em novembro, mas todos os meses do ano:

Mais Forte: Entre lutas e Conquistas de Luana Génot

Neste livro, Luana Génot compartilha reflexões e episódios de sua trajetória para falar de temas fundamentais para a nossa sociedade.

De olho em Zumbi dos Palmares – Flávio Gomes

Flávio Gomes elabora uma biografia de Zumbi dos Palmares a partir de ricas fontes documentais, discutindo a transformação do personagem em herói da resistência contra a escravidão e em símbolo da luta contra o preconceito racial.

Você Pode Fazer a Diferença, de Stacey Abrams


Neste livro, Stacey combina as memórias de seu caminho até a liderança com conselhos do mundo real para mulheres e pessoas não brancas, oferecendo insights duramente conquistados para navegar em mundos que, até agora, eram em grande parte território apenas de homens brancos.

Conversas Desconfortáveis com um Homem Negro, de Emmanuel Acho

O comentarista esportivo Emmanuel Acho, um homem negro, acredita que a solução para o racismo, que ultrapassa as fronteiras dos países, é a empatia, só alcançada com informação. Ele então decidiu criar um “espaço seguro” para responder a perguntas – complexas e simples, insensíveis e consideradas tabu – que muitas pessoas hoje em dia têm medo de fazer e cujo entendimento profundo é a chave para combatermos o preconceito e a desigualdade.

Pequeno Manual Antirracista – Djamila Ribeiro

A filósofa e ativista Djamila Ribeiro trata de temas como atualidade do racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. Ela argumenta que a prática antirracista é urgente e se dá nas atitudes mais cotidianas. E mais ainda: é uma luta de todas e todos.

Enciclopédia Negra: Biografias afro-brasileiras, de Flavio dos Santos Gomes, Jaime Lauriano e Lilia Moritz Schwarcz

Nesta Enciclopédia negra, Flávio dos Santos Gomes, Jaime Lauriano e Lilia Moritz Schwarcz passam em revista a história do Brasil, da colonização aos dias atuais, a fim de restabelecer o protagonismo negro. E o fazem alcançando o que há de singular, multifacetado e profundo na existência particular de mais de quinhentos e cinquenta personagens.

Heroínas negras brasileiras: em 15 cordéis – Jarid Arraes

Este livro reúne quinze dessas histórias impressionantes, ilustradas por Gabriela Pires. Conheça a história de: Antonieta de Barros – Aqualtune – Carolina Maria de Jesus – Dandara – Esperança Garcia – Eva Maria do Bonsucesso – Laudelina de Campos – Luisa Mahin – Maria Felipa – Maria Firmina – Mariana Crioula – Na Agontimé – Tereza de Benguela – Tia Ciata – Zacimba Gaba.

O Pacto da Branquitude, de Cida Bento

Neste livro, Cida Bento, reúne sua experiência para apresentar evidências desse acordo tácito e nos convidar a deslocar nosso olhar para aqueles que, a fim de se manter no centro, impelem todos os outros à margem.

Beijos,

Lola Gênia.

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